Quico, Quico... Há, há, há!

Então né? Essa história (perceba que dessa vez não é uma 'estória'), que estava para ser contada há muito tempo. Pois bem, criei coragem e encarei os fantasmas do passado. Acho que já era hora de esquecer do velho 'trauma'. ... (Onomatopeia referente à respiração profunda).
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Quem aqui nunca assistiu Chaves? Herói da infância de muitos, babaquice para outros (minoria acefálica). Quem nunca teve pena do nosso órfão quando ele foi acusado de roubo? Quem nunca quis dividir um sanduíche (ou torta) de presunto com ele ou então saber o seu verdadeiro nome? Pois bem, não é do protagonista que falarei hoje, mas sim do garoto mesquinho com roupa de marinheiro, bochechas de buldogue e filhinho da mamãe.

Me lembro bem (mas não muito!) do fatídico dia em meados de 1996 ou 1997. Era eu, uma crianças do alto da sua experiência de vida, com meus 4 ou 5 anos, almejando apenas em ser o Presidente do Mundo, cargo que eu mesmo criaria quando crescesse (e ainda tenho esse desejo!). Minha vida ia muito bem diga-se de passagem, até quando minha mãe descobriu que o vizinho do 14 do garoto pobre estaria em Joinville (cidade vizinha à minha, São Chico). A alegria foi esfuziante, festejei muito, comemorei como se fosse um título da Copa do Mundo (na verdade não me lembro desse momento, devo ter ficado feliz e só). Me lembro que tinha um boneco, mas não era qualquer boneco, era o BATMAN ROBOTIZADO! Que voava e tudo! (não, na verdade não voava), que eu levava para cima e para baixo. (nem sei por que coloquei isso, mas enfim...)

Lembro que chegando perto do Circo do Quico, quase vomitei numa moça que estava na poltrona da frente, mas minha Mãe do alto da sua tranquilidade, amor e carinho, me deu uma amável e singela gravata para que eu não pudesse vomitar. (nem sei por que coloquei isso, mas enfim...)².

Chegando lá, lembro de estar entrando no circo, olhar para trás e ver o tio da pipoca cuspindo no milho como se estivesse pensando, "Ahhh fiadaputa, não vai me pagar direito? Toma gengivite e tártaro pra todo mundo!", e quando minha Mãe pergunta, "Beto, vai querer pipoca?", respondo sem titubear, "Não tem algodão doce, manhê?". Lembro fortemente de andar no corredor entre as cadeiras viradas para o picadeiro (AH, VÁ, DIDI MOCÓ!). Do show propriamente dito, lembro com perfeição de ABSOLUTAMENTE NADA! Ele deve ter feito umas gracinhas com "la pelota cuadrada" (demorei três semanas pra descobrir o que isso significava. Not!), brincadeirinhas com o público e afins. Certamente devo ter dado várias risadas, mas o que importa mesmo foi a sessão de fotografia depois do espetáculo. Não lembro se tinha fila, gente feia, bonita, rica ou corinthiana. Só lembro do momento apoteótico, quando vi que aquela criança da tv tinha quase 1.80 de altura, e quando percebo isto, aí certamente me defequei inteiro, chorei muito, mas não foi pouca coisa, Dilúvio era chuva de baba perto daquilo. A frase que eu acabei imortalizando (ou não, é claro!) acabou saindo, "MANHÊÊ, O QUICO NÃO É CRIANÇA! ÃÃÃÃNNN! ELE É VELHO!!", maior trauma da minha vida! FATO!! Cagaço maior não existe!! E o pior foi minha Mãe tentando me acalmar, "Não filho, não, ele só é grande.", quase que respondi pra ela, "NÃO É VELHO?? OLHA PRA ESSA PORRA!! TEM UNS 70 NO MINÍMO, CARALHO!! ME TIRA DESSA MERDA!! QUERO MEU BICO(chupeta em algumas regiões), MANO!! QUERO MINHA MAMADEIRA, TRUTA!! SE NÃO DER, O BAGULHO VAI FICAR NERVOSO PRO LADO IDOSO COM ROUPA DE PALHAÇO ALI, TÁ LIGADO??".

Depois disso tudo, tirei a foto com ele e voltei pra casa. Já bem tranquilo, até consegui dormir duas semanas após o ocorrido. Só não consigo dormir com a luz apagada até hoje, mas isso é um mero detalhe. Agora meu próximo desejo é conhecer o poeta, o mestre, Seu Madruga! ... ... ... ... ... ... ... COMO ASSIM, ELE MORREU?? COMO?? TÁ DE SACA COM A MINHA CARA, NÉ?? SÓ PODE!! AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHH, PQ TÁ MENTINDO PRA MIM, PORRA?!?!?!?!?!?!?! AAAAAAAAAHHHHHHHHH... to be continued...

E para provar que realmente eu conheci o Quico, aqui vai a foto!! Como minha Mãe disse que nessa foto ela está horrível e blá blá blá, eu fiz o favor de protege-la de mais problemas (ter eu como filho, por exemplo, já é um puta problema). Mas enfim, eis a foto.
Acredite, eu chorei muito. O momento da foto foi entre o meu 3° ou 4° desmaio. O detalhe é minha Mãe com a caixa do meu boneco (que na verdade era a porra de um boneco qualquer, o do Batman foi outro, eu acho...), fanzendo um batuque com o Quico... uhm... isso dá nome de grupo de pagode hein?!... 'Pagodeira com Quico" (o meu que não!) (poucos entenderão a piada subliminar. Mwahahh!)

Mas enfim, é isso aí ô psit! (PSIT? Que merda! É melhor acabar com isso, rápido!)
E ao som de Journey - Don't Shop Believing, me despeço! (isso era REALMENTE necessário?...)
Passar bem!